terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Aspectos da Arquitetura de Processadores RISC


A diferença básica entre o processador tradicional e o microprocessador é o fato de este último poder ser produzido na linha de montagem, em larga escala, diminuindo drasticamente o custo por causa do preço e do pouco calor dissipado; os microprocessadores se espalharam pelo mundo, conquistaram o mercado e fizeram fortunas incalculáveis.

A idéia original do projeto RISC, de produzir máquinas com um conjunto reduzido de instruções, é, em última análise, uma volta ao início da computação, pois os primeiros computadores digitais tinham poucas instruções.

A crescente complexidade das arquiteturas foi decorrente da necessidade de compatibilizar novos modelos com os anteriores; de reduzir o "gap" semântico entre programas escritos em linguagem de alto nível e o conjunto de instruções das máquinas.

Um projeto de pesquisa da IBM identificou que a maioria das instruções eram usadas com pouca freqüência. Cerca de 20% delas eram usadas 80% das vezes. Os próprios desenvolvedores de sistemas operacionais habituaram-se a determinados subconjuntos de instruções, tendendo a ignorar as demais, principalmente as mais complexas.

A proposta RISC foi então implementar todo um conjunto de instruções em um único chip.

Essa arquitetura, por sua difícil execução, exige que o processador analise as instruções e execute pequenas sub-rotinas gravadas dentro do próprio processador.

Acreditando que essas sub-rotinas ou microcódigos fossem contraproducentes, Jonh Cocke, da IBM, teve a idéia de construir um processador mais simples, que não necessitasse de microcódigo, deixando o trabalho pesado para os programas. Estava criada a filosofia do computador com conjunto reduzido de instruções (Reduced Instruction Set Computer - RISC), um processador menor, mais barato, mais frio. Com o tempo, este termo acabou por se generalizar e denomina todas as máquinas que obedecessem a um conjunto específico de princípios de arquitetura.

Como era preciso identificar os outros computadores não RISC, foi cunhado o termo CISC (Complex Instruction Set Computer). Apesar de inventada em 1974, a filosofia RISC só chegou ao mercado em 1985, pelas mãos da Sun Microsystems, com o Sparc.

Hoje temos como microprocessadores CISC toda a plataforma Intel, dos tradicionais ao Intel Cores. Do outro lado estão o consórcio PowerPC, MIPS, HP, Digital, Alpha e ARM, cada qual com seu chip RISC.

As plataformas RISC populares são o SPARC e o PA-RISC, que geralmente rodam em sistemas operacionais baseados em Unix.

O Unix foi adaptado para a arquitetura RISC e isso tornou-se um padrão para Sistema Operacional. Veja a história abaixo:

Em 1975 a Universidade de Berkley (EUA) comprou os códigos fontes do Unix,possibilitando aos alunos realizarem modificações no sistema. Em 1979 o Unix foi portado para máquinas VAX, da Digital, e a partir de 1992 foi adaptado para a arquitetura RISC, como as da HP, Sun, IBM, DEC, entre outras.
A partir dos anos 1980 diferentes fabricante de Unix começaram a divergir das características iniciais do sistema, então foi criado o comitê POSIX (Portable Operating System Unix) que especificou todas as características que um sistema operacional devia possuir para pertencer ao
padrão Unix. Desde então tornou­se tecnicamente mais correto tratar o Unix como uma família de sistemas operacionais, ou seja, considera­se membro dessa família todo sistema operacional que apresentar determinadas características na interface e conjunto de biblioteca de sistema. Atualmente existem cerca de 30 "sabores" de Unix, alguns exemplos de membros dessa grande família são SunOS (Solaris), HP­UX, AIX, BSD, FreeBSD e Linux

Nenhum comentário:

Postar um comentário